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Título: O Prisioneiro
Autor: Anand Dílmar
Editora: Sextante
Ano: 2018

O prisioneiro é mais um livro recebido na Caixa do Clube Skoob, nesse caso foi na caixa Comunicação (#28). 
Ele conta a história de um rapaz que se encontra em uma cama de hospital completamente imóvel. Ao analisar a situação e ouvir o que é falado ao seu redor, ele entende que está em algum tipo de coma, mas com os olhos abertos e consciente. O problema é que ninguém sabe disso. Tentam fechar os olhos dele, mas não conseguem, acham que ele não pode escutar nem ver nada. Só que ele escuta e vê tudo. 
Ao se perceber nessa situação a primeira coisa que ele sente é desespero. Ele se sente um prisioneiro dentro do próprio corpo, não tem como falar, não consegue reagir, nem mostrar a ninguém que ainda está ali. 
Depois de um tempo sozinho, ele começa a ouvir uma voz dentro de sua cabeça e conversar com ela. Era voz da sua consciência. 
Essa voz vai mostrando e explicando como ele só tem a si mesmo para culpar pela sua condição e pelos acontecimentos de sua vida, e mostra como as escolhas dele traçaram o seu caminho. Com isso a história vai caminhando ao acordar ou não do personagem. 


Não sei se a intenção desse livro era ser um livro de autoajuda, pelo menos eu não peguei achando que era. Mas em alguns momentos foi o que vi nele. 
Quem já passou aqui antes sabe que não sou muito fã de livros de autoajuda. Acho que a maioria deles são mais do mesmo e que só servem quando você está precisando de um tapa na cara. Porque eles repetem o que você já está cansado de saber. Então não nego que às vezes dá pra tirar algo deles. Por isso, mesmo não sendo fã reconheço o mérito de alguns (digo alguns porque tem muitos livros de autoajuda que acho simplesmente intragáveis). 

Quando o personagem se vê preso na sua situação e sua consciência explica que isso é resultado de suas escolhas ele passa a culpar meio mundo menos ele mesmo. O que muitas vezes é o que muita gente acaba por fazer. Precisa de certa evolução pessoal para entender que as consequências de nossas vidas são (em grande parte) de responsabilidade nossa. Então achei o assunto até interessante porque principalmente nesse momento da vida, em época de pandemia muita gente coloca a culpa de não conseguir fazer nada na pandemia, e nem sempre o motivo é esse (ou só esse), mas às vezes é. Mas ao mesmo tempo vem aí o que me deixa sempre irritada com livro de autoajuda, ou livros com mensagens como a desse. 

Sim, você até consegue controlar sua vida. Muito é consequência de suas próprias escolhas claro, mas não é 100%. No caso como falei da época que estamos vivendo, por mais que eu queira ser extremamente produtiva, pode ser que a pandemia me deixe psicologicamente abalada e eu não consiga fazer nada, e pode ser que isso me afete de uma tal forma depois. Seja pelo tempo realmente perdido ou só pela sensação de tempo perdido. Isso significa que a escolha de perder tempo foi minha, que a culpa foi minha? Não. Eu ter ou não ter condições de fazer algo não depende necessariamente de escolhas. E pode falar o que quiser quase ninguém é super zen a ponto de conseguir ignorar tudo e conseguir ficar com o psicológico 100%, por mais que queira.

Uma coisa que me deixou doida em A Sutil Arte de Ligar o Foda-se é que o autor fala que até o tempo que uma pessoa sofre o luto pela morte da outra é de escolha dela. Eu achei uma das coisas mais frias e sem noção de se dizer. É claro que é verdade que muito da sua vida você pode controlar, mas ninguém tem botãozinho de comando para nada. E esses livros que falam que TUDO depende de você parece que supõem que esse botãozinho existe. E isso fica um pouco presente nesse livro.

Esse livro tem um momento em que a consciência fala:

Você também era livre para pensar o que quisesse e, assim, escolher como se sentia. (pág. 23)

Como falei, essa coisa de você "escolher como se sente" não existe, você pode ir aprendendo a lidar com situações diferentes, mas ESCOLHER como se sente, não.

Por isso esse tipo de mensagem na maior parte pra mim não funciona. Saber que uma grande parte de tudo que nos acontece é de responsabilidade (ou culpa) nossa é importante e fundamental, mas não dá para ser sem noção também.

No caso do que aconteceu com o personagem para ele estar naquela condição foi responsabilidade dele, escolha dele, mas não dá pra generalizar todos os aspectos da vida como o livro acaba por fazer.

Apesar de a mensagem do livro não me agradar muito isso não quer dizer que eu tenha achado ele ruim (impressionante não?!). O livro é curtinho e a história vai te deixando curioso. Ele fala tanto de aceitar a situação como consequência das próprias escolhas que eu não sabia se o personagem ia sobreviver ou não, isso me deixou curiosa e me fez querer ler o livro até o final.

O livro teve sim reflexões válidas pra mim. Em um momento ele fala que estamos tanto atrás de várias coisas que esquecemos de agradecer aquilo que temos. Na sociedade de hoje isso é muito comum, cada vez menos valor ao alcançado e mais desespero pra conquistar mais. Claro que não acho que a gente deva congelar no mesmo lugar, mas sim a gente precisa dar mais valor para o que temos, quem temos. Também fala de como a culpa só serve para que prejudiquemos a nós mesmos, e isso achei bastante interessante também.

Lá pro final do livro temos o seguinte:

O que o mantêm preso? Do que você é escravo? Das feridas que teve quando criança? Dos traumas de infância? Do que outra pessoa decidiu que você deveria ser? De um relacionamento frustrado? De um emprego que não gosta? Da sua rotina?
Liberte-se! Tire das costas a bolsa em que guarda ressentimentos, arrependimentos e culpas...Todos os dias você tem a oportunidade de recomeçar. (pág. 106)


Achei essa citação bem legal. Às vezes a gente se deixa congelar por coisas que não podemos controlar ou que podemos deixar passar.

Mas parando de analisar esse monte de mensagem que o livro com pouco mais de 100 páginas quer passar, que como disse pra mim me irrita mais do que funciona, a história é interessante. Da uma certa agonia para saber o final, se ele vai acordar e isso me manteve sentada até terminar o livro.

Resumindo. O Prisioneiro é um livro com uma história interessante, algumas citações legais, mas com um monte de mensagem que só seria possível colocar 100% em prática se fossemos uma maquininha. 
Dei 3 estrelas e meia pra ele na minha página do Skoob, porque querendo ou não ele me prendeu até eu terminar.
Para quem gosta de autoajuda é um prato cheio, para quem não gosta tanto pode valer pela história rapidinha que nos deixa curioso.

Para quem se interessar em adquirir o livro, ele está disponível tanto físico como digital na Amazon. Inclusive o livro em capa dura está baratinho só clicar aqui.

Espero que tenham gostado.
Nos vemos em breve.

 
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Como de costume, venho mostrar para vocês a minha última caixinha recebida do Clube Skoob.
Para quem não sabe, o clube Skoob é uma assinatura mensal em que você recebe livros e brindes surpresas. Sou apaixonada.

Pra quem quiser conhecer e assinar só clicar aqui. Enquanto isso da uma olhada na última caixa que recebi.




















Mais uma caixinha super fofa para a conta.
Nos vemos em breve.
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Título: Jogo de Espelhos
Autor: Cara Delevingne e Rowan Coleman
Editora: Intrínseca
Ano: 2017

Jogo de Espelhos foi mais um livro recebido pelo Clube Skoob (caixa 29). Eu nunca tinha ouvido falar nele e é mais um livro que acho que eu não teria escolhido sozinha.

O livro conta a história de 4 adolescentes que se tornam amigos depois de "obrigados" pela escola a formar uma banda juntos. Só que depois de um tempo uma das meninas do grupo, Naomi, desaparece. Ela é encontrada um tempo depois em um rio. Está viva, mas muito machucada e precisa ser mantida em coma por um tempo para que o corpo se cure. A polícia acha que ela fugiu e tentou se matar, os amigos dela não acreditam nessa história. Acham que algo aconteceu com ela e querem descobrir o que.

Bom, primeiro de tudo é um livro adolescente com certeza. Como ele é escrito pela visão de uma das pessoas da banda a linguagem é bem casual, com alguns palavrões inclusive. Então eu não esperava grandes profundidades na história ou grandes desenvolvimentos.
Logo no começo o narrador já conta que todos eles mudaram muito depois que se juntaram, exatamente por isso que não acreditavam que Naomi tinha sumido e tentado se matar. Depois disso começa pra mim a maior perda de tempo possível. Um monte de coisa é contada, mas pra mim parece mais que é só pra encher página. Como se as escritoras não quisessem fazer um livro mais curto e foram enfiando coisas só pra dar volume. O livro tem 300 páginas, mas tudo o que é contado até a página 150 acho que poderia ter sido contado em 15. 

Mais ou menos depois do capítulo 20 o livro começou a ficar melhor e começou a me dar mais gosto de ler. Lá pro final do capítulo 23 teve uma reviravolta que me deixou de boca aberta, mas mesmo assim pareceu uma coisa que foi colocada ali sem ter sido muito pensada. Era uma coisa que se tivesse sido pensada desde o começo do livro já teria sido deixada clara no começo. Talvez a intenção das autoras tenha sido mesmo revelar isso no meio do livro, mas pra mim não fez sentido. Quase abandonei o livro, mas como evito fazer isso, continuei.
E ainda bem que continuei, as últimas 100 páginas do livro são muito boas e aí sim tem mais uma reviravolta que dá pra aceitar. Todo os planos dos adolescentes, o que eles fazem, como fazem, o que descobrem, isso sim me deixou bem interessada e não consegui parar de ler. Nessas páginas finais também foi abordado um pouco sobre aceitação e achei até um pouco emocionante. 

Em resumo é um livro adolescente (o que por si só não é demérito), mas que poderia ter sido facilmente escrito em 150 páginas ao invés de 300. Teve um começo que pra mim foi cansativo, mas nas últimas 100 páginas eu não conseguia largar o livro.

Não é um livro ruim, mas longe de ser um dos melhores do ano, dei 3 estrelas pra ele no aplicativo no Skoob. De qualquer forma, para quem se interessar o preço do livro deu um boa abaixada essa semana, só clicar aqui.


  

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Título: Trilha Sonora Para o Fim dos Tempos
Autor: Anthony Marra
Editora: Intrínseca
Ano: 2018

Esse é um livro com 9 contos passados na Rússia entre 1937 e 2013. Mas as histórias não são completamente separadas, um personagem de cada uma vai ligando a outra. Na orelha do livro fala que o livro transita entre conto e romance. E é isso mesmo. Da mesma forma que ele é separado em contos e contados de perspectivas diferentes, todas as histórias se cruzam de alguma forma.

No primeiro conto temos um artista que o seu trabalho é adulterar fotos para que elas se encaixem na censura do governo. Colocando pessoas, ou retirando traidores das imagens. Em outro temos a história de uma bailarina com um personagem de uma das fotos do primeiro conto, em outro a história de prisioneiros relacionados à parente da pessoa da foto... E assim continua.

Esse livro veio na caixa número 35 do Clube Skoob. Mostro ela aqui no blog, só clicar aqui. Uma caixinha linda a propósito. Como já falei algumas vezes sou apaixonada nessa caixinha. Conheçam!

Acho que esse não é um livro que eu escolheria numa livraria, justamente por isso gosto de ter assinatura de livros. Você talvez receba coisas que não compraria e pode valer muito a pena.


De uma maneira geral eu gostei bastante do livro. Não sou uma das maiores apaixonadas por contos, então não aproveitei 100% do livro. Mas não tinha como não ler um livro com esse nome nessa época. No final das contas, uma coisa nada teve com a outra, mas o nome vinha bem a calhar. rs
Como não sou das mais apaixonadas por contos, quando a história mudava e demorava um pouco para mostrar onde se encaixava eu perdia um pouco de interesse, mas era só eu reconhecer um nome ou um objeto que eu já me animava de novo.

O livros conta a história de diversas pessoas, mas com certeza a que mais me prendeu foi de um rapaz chamado Kolya. Ele aparece em alguns contos e talvez a intenção do autor não fosse que alguém se apegasse a esse personagem, porque ele não é lá muito bonzinho, mas gostei de acompanhar a história dele. 

No geral, apesar de não ser a maior apaixonada por contos, eu gostei muito do livro. Um livro que se dependesse de mim eu não notaria, mas que valeu a pena a leitura. É uma boa leitura, com certeza indico. Como vocês podem ver na foto abaixo fiz várias marcações. O livro vale a pena.
Dei quatro estrelas no app do Skoob.

Inclusive o preço do livro físico abaixou na Amazon. A quem se interessar em comprar o livro só clicar aqui.


Imagino que nossas vidas sejam todas sonhos - tão reais para nós quanto insignificantes para qualquer outra pessoa. (página 193,194)



Nos vemos em breve.
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Sou formada em Direito, concurseira e leitora.
Apaixonada por Star Wars e Stephen King por culpa da minha mãe. Apaixonada por leitura e livros antigos por causa do meu avô.
Resolvi compartilhar o que leio para eternizar os sentimentos que esses livros me trazem.

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