Fahrenheit 451 conta
a História do bombeiro Guy Montang, mas bombeiros dessa história são diferentes.
Eles não apagam
incêndios, ou protegem pessoas. Na verdade a função desses bombeiros é
incendiar todos os livros e as casas onde eles forem encontrados, além de prender
aqueles que escondem ou protegem os livros. O objetivo deles é um mundo
completamente livre de livro.
Na sociedade criada
nessa história as pessoas mal interagem umas com as outras, apenas assistindo e
conversando com a "família" em grandes televisores nas paredes, com
suas falas antecipadamente recebidas por correio para simular uma interação.
Nas escolas, não
existe interação, não existem discussões de opiniões ou liberdades. Os alunos
ficam em suas salas vendo aulas, nas grandes televisões sem direito a
questionar como as coisas são feitas, o porquê das coisas, ou a própria história.
Sem poder questionar absolutamente nada.
Um dia no caminho
pra sua casa, depois de uma noite de trabalho, ele encontra uma adolescente,
sua vizinha chamada Clarisse. Essa
adolescente é diferente das outras de sua época. Não frequentava mais a escola
porque não conseguia ser como as outras pessoas, não conseguia não interagir
com outras pessoas, ou não questionar o por que das coisas.
Vários dias se
seguiram e sempre Montang encontrava Clarisse no seu caminho para casa. Clarisse e seu jeito de ver as coisas começou a afetar a forma como Montang as via também.
Montang começou a
questionar, se o que ele fazia estava certo, se os bombeiros sempre faziam isso
antes, e o que será que existe de tão perigoso nesses livros que eles devam ser
queimados. Entre os questionamentos feitos a si mesmo, também descobrimos um
segredo de Montang.
-
Fazia muito tempo
que eu ouvia falar desse livro, e muito tempo que eu pensava em comprá-lo para
ler, mas sempre enrolava. Até que achei uma edição em inglês em um desses dias
que tiramos pra andar sem propósito em livrarias e trouxe pra casa.
Posso dizer, que
mais um vez senti falta de mais história no final. Eu esperava grandes ações de
Montang. Não vou dizer que ele não fez grandes coisa, ele fez sim! Mas eu
esperava um pouco mais. Mas talvez eu esteja exigente demais. Não é a primeira
vez que falo isso dos últimos livros que li.
Mas fora isso, é um
livro muito bom, muito bom mesmo. Eu adoro esses livros que falam quanto as
pessoas conseguem ignorar o que conhecem e quão alienadas podem se tornar,
quando deixam cegamente que outros controlem todos os aspectos da sua vida. É um livro muito
bom, e muito interessante, não posso falar que superou 1984, quando falamos de
distopias, mas é um livro que nos faz pensar e analisar o que está acontecendo
com o mundo ao nosso redor. Afinal, querendo ou não conseguimos perceber que as
pessoas acabam se deixando ficar cada vez mais alienadas e menos críticas. Cada
vez mais aceitando qualquer coisa. Fora os absurdos que escutamos todos os
dias, que me fazem realmente pensar que talvez não estejamos tão longe de
permitirmos que nossos livros sejam queimados e nossas vidas controladas.
Além do livro em
inglês, eu também li a adaptação em quadrinho. Ela veio em um das caixas da
minha assinatura do Skoob. É a coisa mais linda, tão caprichada e bem feita. Eu
a li assim que terminei o livro, e indico demais a compra, porque ela é simplesmente linda e gostosa de ler.
Não bastasse ser um
quadrinho lindo, a introdução do quadrinho foi escrita pelo próprio Ray
Bradbury, autor do livro original, que faz toda a diferença.
Também sei que
existem duas adaptações em filme, que estou super curiosa para assistir. Assim
que eu parar pra ver, venho contar pra vocês o que achei. :)
Classificação:
✩✩✩✩
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