A Sutil Arte de Ligar o F*da-se - Mark Manson
Esse livro
foi um hype gigantesco algum tempo atrás, onde você olhava tinha alguém com um
livro desse na mão. A bem da verdade, ainda nos últimos dias vi gente lendo
esse livro.
Sendo bem
sincera, quando muitas pessoas falam de um livro, isso faz com que eu tenha
praticamente zero interesse nele. Sim, eu sou a chata do contra. Mas ao mesmo
tempo, como depois de muito tempo as pessoas ainda falavam desse livro, eu
acabei comprando.
Vamos lá...
Esse é mais um livro de Auto Ajuda. E já vamos dizendo que não gosto de livros
de Auto Ajuda. Eles parecem uma eterna leitura do óbvio mais básico possível.
Mas, não me atentei, antes de começar a ler que era um livro de Auto Ajuda
(pura ingenuidade), se não tivesse visto acho que eu nem teria comprado.
Mas
diferente do que eu falei sobre livros de Auto Ajuda, esse livro não é mais do
mesmo. Pelo menos não 100%.
Ele repete
sim, mas mesmas coisas dos outros do mesmo gênero, com algumas mudanças. O
autor, tenta te animar a fazer as coisas, sem querer mostrar que está tentando
fazer isso, entre muitas linhas de “nem todo mundo é especial”, e “tudo que
acontece na sua vida é responsabilidade sua”.
Essa parte
de “tudo que acontece na sua vida é responsabilidade sua”, ao mesmo tempo que
me fez concordar um pouco, me irritou bastante.
Temos sim, o
poder de escolher com o que vamos nos importar ou não. Isso não será mudado de
um dia pro outro, é um processo lento, porque pra maioria das pessoas é muito
difícil se libertar do medo do que as outras pessoas pensam de você. Então, por
mais que tenhamos o poder de escolha, temos que nos treinar e libertar para
isso. Mas esse “poder de escolha” não vai ser soberano. Existem momentos que
simplesmente são muito imprevisíveis e fortes, pra escolhermos como vamos ou
não vamos no sentir.
Em uma
parte do livro que me deixo bem irritada, ele fala de um homem que comentou no
blog dele que o filho tinha morrido, e que ele não conseguia controlar o
sofrimento que sentia, olha, o que ele escreveu
Alguns anos atrás, escrevi algumas ideias que conto neste capítulo no
meu blog, e um homem deixou um comentário. Ele disse que eu era vazio e superficial,
acrescentando que eu não tinha real compreensão dos problemas da vida ou da
responsabilidade humana. Disse que tinha perdido um filho a pouco, num acidente
de carro. E me acusou de não saber o que era a verdadeira dor, me rotulando de
idiota por sugerir que ele era responsável pela dor de perder um filho.
Estava na cara que aquele homem tinha passado por uma dor muito maior do
que a maioria das pessoas enfrenta na vida. Ele não escolheu a morte do filho,
não tinha culpa por tal desgraça. A responsabilidade de lidar com a perda lhe
foi imposta, embora fosse clara e compreensivelmente indesejável. E apesar de
tudo isso ele era, sim, responsável pelas próprias emoções, crenças e ações. A
reação que apresentou diante da morte do filho foi uma escolha dele. As dores,
de todos os tipos, são inevitáveis, mas podemos escolher o que elas significam
para nós. Alegar que não tinha escolha e que só queria i filho de volta é, por
si só, uma escolha: uma entre as muitas formas possíveis de lidar com esse tipo
de dor. (pg 114)
A citação
foi longa, eu sei, mas o livro já não estava me agradando, nesse momento passou
mais a me irritar do que qualquer outra coisa. Falar que a reação daquele homem
diante da morte do filho foi escolha dele foi demais pra mim. Você não escolhe
quando vai superar algo tão forte.
Desse ponto
pra frente, na maior parte do tempo, eu estava apenas me obrigando a ler o
livro.
O autor
conta um pouco do que fez ele mudar de um adolescente praticamente inútil, para
um adulto dedicado a algo, como que ele percebeu que precisava fazer alguma
coisa com a sua vida, e o que o fez resolver arriscar com suas opções. Esses
exemplos da vida dele são interessantes, e conseguimos sim para retirar algum
aprendizado, mas não sei se vale a pena de ler o livro.
Analisando
o livro como um todo, eu poderia passar minha vida muito bem sem precisar
passar por essa leitura. As partes que fazem sentido, são as partes “mais do mesmo”,
então você pode pegar qualquer outro livro de Auto Ajuda e ler no lugar desse.
Pelo menos você não vai passar a raiva que passei com a citação acima.
No final
das contas, eu só indico esse livro se você for o apaixonado mesmo por livros de
Auto Ajuda, caso contrário pode passar longe que não vai perder nada.
Nos vemos
na próxima (espero que eu tenha lido um livro melhor rs). :)
Classificação:
✩✩
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