Meus Livros e Devaneios

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Dentre os livros que me programei para ler em 2017, a autobiografia de Gandhi era um dos livros de janeiro.
Acho que não existe ninguém que nunca tenha ouvido falar em Gandhi. Ele é bem conhecido por ser um pacifista indiano e líder espiritual. Ele foi uma das principais figurar no processo de independência da Índia e obteve grandes resultado na pacificação entre muçulmanos e hindus.
Todos nós sabemos a maioria dos grandes feitos dele. Além de ter lido a autobiografia eu estou lendo uma biografia dele e um livro sobre uma palestra dada por um dos intérpretes mais destacados de Gandhi. Então nesse post eu resolvi trazer as coisas que para mim foram mais curiosas, nos outros posts trago mais sobre seus feitos.

Gandhi intitulou sua autobiografia como “Minha Vida e Minhas Experiências Com a Verdade”, e é assim que ele classificava sua vida: como uma eterna busca da verdade.
Para Gandhi cada passo e cada ação da vida deveriam ser dedicadas a busca da verdade. A verdade era a religião dele. Ele fazia o possível para nunca mentir e quando, por algum motivo acabava mentindo, aquilo o consumia e ele fazia o possível para confessar e reparar qualquer dano que tivesse causado.
Gandhi se casou muito cedo, com apenas 13 anos. Sua esposa era igualmente nova, mas diferente dele era não era instruída. Quando um pouco mais velho Gandhi foi para Londres estudar Direito, e deixou sua esposa na Índia. Quando se formou, diferente do que sua família queria, que ele fosse um advogado de sucesso e rico, ele resolveu viver sua vida da forma mais simples possível. Para ele, a Verdade se encontrava servindo, vivendo de maneira simples e se privando dos luxos da vida.


Gandhi e Kasturba

Gandhi e Kasturba

No decorrer do livro, podemos ver, que não importa em que país ele estivesse ou que trabalho estivesse fazendo, ele sempre procurava uma forma de economizar nas duas despesas mensais. Seja deixando de comer em restaurantes e passando a comer em casa ou morando em lugares mais simples e menores. Gandhi inclusive devolvia qualquer presente caro que ele e sua esposa recebiam.
Gandhi criou algo como fazendas/comunidades, onde as pessoas moravam, trabalhavam e se sustentavam por meio das terras, e onde também eles mantinham um jornal. As crianças dessa comunidade eram instruídas lá mesmo. Para Gandhi, o conhecimento espiritual era mais importante do que qualquer outro, sendo assim, ele mesmo dava aulas para as crianças. Dessa forma as crianças acabavam tendo conhecimentos mais limitados em literaturas e similares.
Um dos arrependimentos de Gandhi era o ardente desejo sexual que tinha por sua esposa. Ele achava que não fosse isso, ele poderia ter sido um ótimo professor para ela. Quando mais velho ele colocou isso como uma das provas de que o voto de celibato era a melhor forma de se encontrar a verdade.

“O casal que disso se der conta jamais empreenderá a união sexual com o objetivo de satisfazer sua luxúria, mas apenas para gerar descendência. Considero ser o auge da ignorância a crença de que o ato sexual é uma função necessária, tal como dormir ou comer. Para existir, o mundo depende do ato da geração. Assim como o mundo reflete a glória divina, os atos geradores devem ser racionais, para que possam favorecer o crescimento ordenado no mundo. Quem se apercebe disso controlará a sua luxúria a qualquer preço, e adquirirá o conhecimento necessário para promover o bem-estar físico, mental e espiritual de sua progênie, beneficiando assim a posteridade”.
Pag. 186

Ele diz que esse desejo sexual fazia com que ele não visse Kasturba como uma companheira. Em um momento do livro em que ele conta que foi mais agressivo com ela, ele diz que a culpa era desse desejo que ele sentia. Por esses e outros acontecimentos, ele resolveu fazer um voto de celibato. Para cumprir de melhor maneira esse voto, ele inclusive mudou sua alimentação.
As suas crenças e cultura o privavam de comer carne, mesmo assim quando jovem, Gandhi acabou comendo carne escondido de sua família. As pessoas falavam para ele que a Índia era dominada pelos ingleses porque eles comiam carne, que isso fazia deles mais fortes e inteligentes. Mas essa experiência dele não durou muito tempo. No final ele reconheceu que aquilo não combinava com a sua busca pela verdade. Se ele tinha que comer escondido estava errado. Além de não comer carne Gandhi fez um voto a sua família de que iria se abster de qualquer tipo de leite. Voto que ele teve que contornar eventualmente por causa de sua saúde.
Ainda falando da alimentação. Gandhi achava que a busca da verdade vinha por meio da privação. Sendo assim, o objetivo de comer era somente a nutrição e não o prazer. De legumes temperados ele passou para legumes crus e sem tempero, até decidir por uma dieta feita de frutas e de nozes. Essa dieta, de acordo com ele, era a melhor para controlar os desejos sexuais.

“As pessoas não deveriam comer para agradar ao paladar, mas apenas para manter o corpo. Quando cada órgão dos sentidos presta serviço ao corpo e por meio dele à alma, seu prazer especial desaparece, e só então ele começa a funcionar de forma natural”.
Pag. 280

“Seis anos de experiência mostraram-me que os alimentos ideais para o brahmachari são as frutas frescas e as oleaginosas. Durante o período que comi apenas isso, desfrutei de uma imunidade às paixões que, depois de mudar de dieta nunca mais senti. Não precisei me esforçar para manter o meu voto de brahmacharya durante a época em que, na África do Sul, me alimentei apenas de frutas frescas e oleaginosas. Um grande esforço tornou-se necessário, depois que passei a tomar leite”.
Pag. 190

Algo como uma penitência que colocava para si mesmo, era o jejum. Quando uma greve de trabalhadores que ele estava apoiando começou a fraquejar, ele prometeu jejuar até que os trabalhadores conseguissem o que queriam. Quando um aluno era rebelde, ele jejuava. Quando ficava doente, jejuar também era algo como uma cura. Para ele jejuar era melhor do que qualquer remédio, que ele sempre se negava a tomar.
Gandhi lutou pelo seu povo na África do Sul, em Londres de dentro da própria Índia. Usou seus conhecimentos da lei para defende-los sempre que podia. Sendo inclusive preso algumas vezes, mas ele quase não fala disso. Só fala que estaria pronto se fosse necessário.

Gandhi fala muito de suas lutas no livro, mas como disse eu quis trazer as coisas mais curiosas, sejam boas ou ruins.
Uma passagem no livro que me deixou pensativa quanto ao livro todo, foi quando ele descreveu quando morava com muitas pessoas juntas em uma mesma casa sem distinção nenhuma de classe ou crença. Naquela época existiam os urinóis, e Gandhi e sua mulher eram responsáveis por limpar os da casa. Um dos moradores, era um intocável e Kasturba não suportava que Gandhi limpasse o urinol dele, mas nem gostava ela mesmo de fazer isso. Ao que ele conta:

“Até hoje me lembro da imagem dela me repreendendo, com os olhos vermelhos de raiva, e lágrimas rolando pela face, descendo a escada com o urinol na mão. Mas eu era um marido cruelmente gentil. Considerava-me um professor e a incomodava, devido ao meu amor cego por ela.
Estava longe de me satisfazer com o mero fato de ela carregar o urinol. Queria que ela o fizesse com alegria. Então disse, elevando a voz:
- Não vou suportar esse absurdo em minha casa.
As palavras atravessaram-na como uma flecha e ela gritou de volta:
- Fique com a casa e me deixe ir.
Esqueci de mim, e minha fonte de compaixão me secou. Tomei-a pela mão, arrastei a indefesa mulher até o portão, que era logo em frente a escada, e comecei a abri-lo com a intenção de empurrá-la para fora. As lágrimas desciam em torrentes pela sua face, e ela gritou:
- Não tem senso de pudor? Precisa esquecer de si mesmo até esse ponto? Não tenho pais ou parentes aqui para me abrigar. Sendo sua mulher, pensa que devo suportar os seus tapas e pontapés? Pelo amor de Deus, comporte-se e feche o portão. Não queremos ser vistos fazendo cenas como esta! ”
Pag. 245

Ele se considerava um marido “cruelmente gentil” por fazer coisas como essa. Se considerava gentil por arrastar a esposa pelo braço para fora de casa. Se isso para ele era ser gentil, como acreditar nas partes em que ele diz que estava fazendo o que era justo? O que para ele significa ser justo?
Em geral achei a história dele muito interessante. Mas fico pensando: será que tudo isso era realmente necessário? Conheço indianos que são contra tudo o que ele fez. Na sua autobiografia ele não conta, mas ele fez com que muitas vidas fossem perdidas na guerra.
Infelizmente guerra é uma coisa que existe (com ou sem Gandhi), mas para alguém que pregava a não violência, é no mínimo irônico que ele tenha encorajado pessoas a ir para a guerra. Talvez, depois de ler os outros dois livros eu mude de opinião sobre ele. Veremos.
Mas minhas opiniões pessoais a parte, o livro é em interessante. É interessante ver as coisas contadas pelos olhos de quem a viveu, apesar de poderem ser facilmente manipuladas. Concordando, ou não com as ideias de Gandhi, é muito interessante saber mais sobre a vida de alguém como ele.
O livro tem capítulos curtos e é de fácil leitura. Me irritou um pouco o fato dos significados dos termos em indiano estarem no fim do livro e não no rodapé, mas tudo bem.
 A minha edição não existe para venda, ela é distribuída pelo consulado da Índia (Ganhei de um colega que trabalhava no consulado). Mas encontrei idêntica para venda, para quem se interessar é fácil de encontrar.

Logo mais trago os outros dois livros sobre ele que prometi.
💜
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Como eu prometi, vamos falar de cada um dos contos do livro Tudo É Eventual do Stephen King. Então hoje é dia de mais um! :)

Acho que atualmente, não tem ninguém que não tenha ouvido falar de O Pistoleiro, ou de A Torre Negra, afinal é mais uma obra do Stephen King que está sendo adaptada para as telonas. O que não sei se todo mundo sabe é que entre um livro e outro o King encaixou um conto.

No meio de sua viagem Roland, O Pistoleiro, chega à uma cidadezinha chamada Eluria, aparentemente vaziam a não ser por um cachorro na rua.

Roland encontra um cadáver com um medalhão no pescoço, ele pega o medalhão com a intenção de entregar a família do falecido e de enterrar o corpo. Mas acaba se distraindo e sendo atacado por um grupo de mutantes, meio zumbis, que batem nele até o deixar inconsciente.

Quando Roland acorda, ele está em uma sala completamente branca, suspenso por tipoias e com outras pessoas nos leitos ao redor. Lá, seis irmãs vestidas de branco e com uma rosa vermelha "cuidam" dos feridos e doentes. Mas não demora muito para Roland ver que não é exatamente isso que está acontecendo. Toda manhã, quando acorda, percebe que uma pessoa sumiu. Não era como se a pessoa tivesse melhorado e ido embora, era como se a pessoa nunca tivesse estado lá. E ele percebeu que logo, a vez dele chegaria.

Esse conto se passa entre o sexto e sétimo volume de A Torre Negra. Como, até agora, só li o primeiro volume da série, não consigo dizer antes, ou depois de que acontecimentos esse conto se passa.

Stephen King conta, que sempre recebeu muitos pedidos para escrever um conto sobre O Pistoleiro, mas que ele sempre teve uma certa dificuldade em fazer isso. Porque ele não queria fazer uma coisa muito curta. Uma história do Pistoleiro não poderia ser curta. Então ele demorou um pouco, e no final escreveu um conto de 50 páginas.

Esse com certeza é o conto mais longo do livro Tudo É Eventual, mas não se engane, que não se trata de um conto cansativo, ou ruim. Pelo contrário, apesar de eu não estar exatamente bem ambientada na história do Pistoleiro é um conto muito bom. Com certeza, não o melhor conto do livro, mas ainda assim muito bom!

Então fica aí a dica de mais um conto do Stephen King!

Nos vemos em breve! 💜
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Se eu estou atrasada pra fazer o post de fechamento de 2016? Mas é claro que estou. Quando não estou? Mas atrasos a parte, eu não li muito esse ano, fiquei totalmente enrolada com a faculdade, só consegui ler quando aliviou. Mas tudo bem, o negócio é não parar. 

Vamos então as leituras do ano.
Comecei o ano lendo os dois últimos volumes da 'Trilogia em Cinco Volumes' do Douglas Adams O Guia do Mochileiro das Galáxias: Até Mais e Obrigado Pelos Peixes e Praticamente Inofensiva. Não fiz post sobre nenhum dos dois livros, por que ainda não tinha voltado a escrever no blog. Os livros tratam de viagem no espaço, mas da forma mais fantasiosa possível. Dos 5 livros os dois últimos foram os mais fracos, mas tenho vontade de lê-los de novo, então quem sabe um dia não faço post deles aqui.





Logo depois, tinha um livrinho em casa, chamado 52 Atitudes de Uma Mulher Poderosa. Bem pequeno mas interessante. Não é daquelas leituras que mudam a sua vida, nem perto disso. Mas não morri. 



O quarto livro do ano foi A Noiva Fantasma da Yangsze Choo. Tanto o livro físico, como a histórias são maravilhosos. O livro é da editora Dark Side, e quem tem algum livro dessa editora, sabe que eles são extremamente caprichosos com os livros. Às vezes falham um pouco na revisão, mas ainda assim são caprichados. A história é muito boa, muito interessante. Eu fiquei afundada no livro. Eu só largava quando realmente precisava. 
O livro conta sobre noivas que se casam com homens já mortos para que seus espíritos possam descansar em paz. Essas noivas são chamadas de noivas fantasmas. Infelizmente não tem post no blog desse também. Mas eu com certeza indico esse livro para todos.



Depois veio Rebel da Amy Tintera, a continuação de Reboot. Nessa história uma doença afeta algumas crianças que acabam morrendo e voltando a vida. Quando mais tempo elas ficam mortas mais rápidas, fortes e emocionalmente frias elas voltam. Essas pessoas são conhecidas como Reboots. Os humanos usam os Reboots para criar um exército, mantido em rédeas bem curtas, para manter a população sob controle assim como outros Reboots. Mas uma coisa que ninguém gosta é ser controlado. Então os Reboots passam a tentar mudar isso. 
Não caiu no gosto geral, mas eu gostei muito dos dois livros. Li Reboot em 2015 e Rebel em 2016. Rebel foi o segundo livro que li em inglês na vida para praticar e não tive dificuldade com a linguagem dele.



O sexto livro do ano, na verdade foi uma HQ, De Noite Amanheço do Michel Ramalho. A HQ fala de relacionamento, fidelidade e drogas. Ela é responsável por eu voltar a ler HQs. A história é muto boa e é muito bem desenhada. Adorei a HQ, indico muito!



Decidi que ia começar a fazer Yoga, há quase 6 meses e ainda não comecei (essa sou eu). Mas isso me fez finalmente pegar o livro sobre Yoga da minha estante. O livro fala sobre os princípios básicos do Yoga, mantras e ensina uma coisa ou outra. É bem interessante para quem quer começar a fazer Yoga. Um dia juro que me animo e vou.



Acho que Yoga é um caminho para Fen Shui, certo? Ou não? Bom, logo depois de Yoga eu li Feng Shui, para uma melhor qualidade de vida da Gisele Cury. Fala sobre como melhor controlar a energia da casa, com disposição de móveis, espelhos entre outras coisas. É um livro interessante mas seria de melhor valor pra quem estivesse realmente reformando a casa e quisesse seguir as dicas.




O nono livro do mês, também foi uma HQ João e Joana por Ciclanos e Ciclanas do Pedro Hutsch Balboni. Cada página tem uma tirinha, com uma historinha com alguma relação a joaninhas. Têm tirinhas fofas e engraçadas. Achei muito fofinho! 



Drácula do Luis Scafati é uma recontagem da história original do Drácula. Mas em um livro ilustrado. 




Logo depois veio Batman: A Piada Mortal, com um final que não tem como não gostar.




Décimo segundo livro do ano Histórias Mas Assombradas de Portugal e Espanha, apesar do nome, é de um autor nacional. Não é a melhor coisa do mundo mas é legal.




Seguindo, veio a paixãozinha da minha vida: Star Wars. Tenho alguns volumes dos Comics Star Wars da editora Planeta de Agostini e esse ano eu li o Volume 3. Mas, apesar de ser apaixonada por Star Wars não pretendo continuar lendo por enquanto. Minha coleção está incompleta, preciso completá-la primeiro.




As quatro leituras seguintes foram os quadrinhos do The Last Of Us. Apesar de a HQ ser baseada no jogo, eu não sabia que ele existia. Continuo nunca tendo jogado o jogo, mas adorei a HQ.




E como não ler V de Vingança? Sempre fui apaixonada pelo filme, aí finalmente foi a vez da HQ.




E o décimo nono livro do ano Harry Potter And The Sorcerer's Stone, mais um livro em inglês pra treinar.




O vigésimo livro do ano foi Você é Insubstituível. Esse foi o primeiro livro que acompanhei mais o Audiobook.




Logo em seguida li os Volumes 1 e 2 de Zatanna. Nada como mulheres que se defendem sozinhas!





Logo em seguida li o primeiro volume do mangá da Sakura Card Captors. Sakura é o meu amorzinho de infância. Não tinha como não me apaixonar toda vez que ela também se apaixonada. Ainda não fiz post sobre o mangá. Vou fazer somente depois que eu terminar de ler todos os volumes. O que pode demorar, porque eu adoraria continuar lendo ele para sempre.




Tudo é Eventual é um livro de contos do Stephen King foi o vigésimo quarto livro do ano. Stephen King é o amor da minha vida. Adoro cada livro, conto e até os posts do twitter desse cara. Não economizei tanto o livro, mas estou economizando o post para poder continuar a aproveitar as histórias por mais um tempo. Estou fazendo um post para cada conto de livro, e ainda têm alguns para escrever.




Logo depois li os Volumes 3, 4 e 5 de Zatanna. Mas decidi que não vou mais fazer post individual para nenhum deles, não quero arriscar dar spoilers. Vou fazer um único post quando eu terminar de ler todos os volumes.






Sejamos Todos Feministas foi o vigésimo oitavo livro do ano. Ainda não tem post no blog, mas pretendo fazer um logo. É um livro bem curtinho, tem um pouco mais de 80 de páginas. É um livro que todos deveriam ler, sem exceção. Trata-se uma adaptação de um discurso da Chimamanda Ngozi Adichie. Muito interessante, mas parece que acaba do nada. Mas, ainda vou falar dele em um post só pra ele.




E pra fechar o ano, o vigésimo livro do ano foi Linha de Sombra da Lúcia Betencourt. O post fala melhor sobre ele. Trata-se de um livro de contos, mas não fui tudo o que eu pensei. 



Se eu li tanto quanto eu gostaria? Nem de longe. Mas a faculdade me segurou bastante, então não está de tudo mal.
De qualquer forma, uma coisa que eu queria fazer com mais constância era postar no blog e eu estou conseguindo fazer isso. Então estou orgulhosa.
Para esse ano fiz um Plano de leituras. Não que eu só vá ler o que está na lista, mas um plano sempre ajuda. Tem muita coisa que eu quero ler e vou fazer o possível pra ler. 
Bom, já está longo né?! Logo mais trago mais posts.
Nos vemos em breve! 💜
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     Instada a carregar o ovo de um lado a outro da cozinha, a fim de entregá-lo à empregada que espera com o óleo já esquentando na panela, a menina se espanta ao pousar o objeto sobre a palma da mão. Os dedos receosos, ainda à procura da firmeza, entregam o assombro com a perfeição do formato sinuoso, "tão puro, sem emendas, de linhas tão simples".
     Quando a cozinheira recebe e enfim quebra o ovo, lançando a clara e a gema na frigideira, o susto é outro: na fragilidade da casca, a garota enxerga o tênue envólucro da existência. Do ovo, dela e de todos nós. E adivinha, naquela angústia, o drama da finitude.


     Linha de Sombra é um livro de contos, de uma escritora brasileira. O livro é composto por 16 contos separados em duas partes: sol e sombra, cada parte com 8 contos.
     A citação acima é do conto O Ovo, da primeira parte, Sol. Essa citação também está na orelha do livro e me chamou muita atenção.
     Quando paramos para pensar a forma como a criança vê a casca do ovo, assim é a vida. Perfeita, simples, sem muita explicação, mas ainda assim extremamente frágil, que assim como a casca do ovo pode ser facilmente destruída.
     Mas não pense que todos os contos nos fazem pensar dessa forma. Apenas esse conto faz isso. O primeiro conto, A Predadora, é mais erótico e posso dizer que até me agradou também. O conto chamado Ceia de Natal, sobre um pai desempregado que queria dar uma ceia de natal descente para a família também foi interessante. Um ou outro conto também me chamou um pouco de atenção em alguns momentos. Mas foi só isso.
     Acho que escrever contos pode ser mais difícil que escrever um livro. Quando você escreve um livro e mais ideias vão surgindo você não tem limites com o tamanho de livro que quer escrever. Em contos você tem que manter isso mais curto. Claro que não existe uma regra de quantas páginas um conto deve ter no máximo ou no mínimo, mas isso tem que se encaixar com o que você quer contar. 
     Nos contos desse livro parece que a autora queria deixar todos com poucas páginas e simplesmente largava a história no meio. Pareciam que os contos tinham início, meio e nenhum fim. Os contos desse livro não são como aqueles contos que deixam um suspense no final, eles simplesmente parecem que foram abandonados. Parece que a autora largou eles ali para terminar um dia, depois desistiu e publicou assim mesmo.
     Não lembro o que me fez comprar esse livro, nunca tinha ouvido falar dele antes e também não conhecia a autora, mas comprei mesmo assim. Demorei meses pra sequer folear o livro, resolvi lê-lo para a Maratona do Desespero por ser um livro de um escritora nacional. A leitura foi bem rápida, li o livro em duas horas se não me engano. Mas infelizmente não me surpreendeu em nada. Em um livro com 16 contos, se 4 me agradaram de verdade já é muito.
    É triste isso. Fico triste de pensar que não gostei de um livro e que virei aqui falar meio que mal desse livro. Mas infelizmente não teve jeito. É ruim quando você não consegue gostar de algo que provavelmente a outra pessoa fez com dedicação. Mas não teve jeito mesmo.
     As histórias parecem que estão inacabadas. Além de parecerem simplesmente largadas, algumas são totalmente desnecessárias. Vêm de lugar nenhum e vão para lugar nenhum. É triste, mas infelizmente é um livro que não me agradou.
     A autora tem mais um livro de conto e dois romances além de livros para crianças. Curiosamente o primeiro livro dela, A Secretária de Borges, foi premiado pela Academia Brasileira de Letras. Então ele deve ser bom. Mas como encarar outro livro da autora quando esse foi tão desapontante? E olha que eu não tinha expectativa nenhuma! 
     Um dia, o certo, seria eu ao menos conhecer as outras obras dela, mas isso vai ficar pra um futuro talvez bem distante, porque nesse momento não me atrai nenhum pouco.
     Então é isso. Infelizmente é isso. Um livro de contos curtinhos, fácil de ler, mas sem início e nem fim e sem nenhum atrativo.
     Mas livros assim acontecem. O próximo será diferente, melhor!
     Nos vemos em breve!
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E hoje novamente é dia de um conto do escritor, amor da minha vida Stephen King. Conto do livro Tudo É Eventual.

Esse conto tem como personagem principal um repórter do New York Times, chamado Fletcher. Ele acaba acordando em uma sala de interrogatório, com 4 pessoas. Ele é acusado de ajudar um líder comunista influente com informações. Para conseguir respostas ele é torturado com vários choques, enquanto uma das pessoas da sala se finge amigo, conversando mais amigavelmente e oferecendo cigarros.

Fletcher decide que mesmo com a desvantagem em números, o medo e o desespero ele não vai morrer ali. Assim ele pensa e planeja uma forma de se soltar e fugir.

Se ele foge ou não, corre ver no conto. :)

Esse é um conto cheio de suspense, como uma boa história do Stephen King. Definitivamente não é meu conto favorito do livro, mas é um conto muito bom. Pra quem já leu Stephen King sabe que ele e seus finais são coisa de doido né?! Pois é, esse não é diferente. Pra bem ou pra mal, Stephen King sempre faz um final pra surpreender qualquer um.

Não é um conto longo (porque quando o King quer ele quase faz um livro do conto) e rápido de ler. Fica aquela curiosidade, será que o Fletcher vai viver? Morrer? Matá-lo é bem Stephen King, uma fuga impossível também é bem Stephen King. Da uma ansiedade de ver o final.

Esse é um daqueles contos do projeto Dolar Baby, onde Stephen King vende os direitos dos contos por U$1,00 para que estudantes de cinema possam fazer curta metragens. Mas a comercialização é proibida.

Nos últimos posts sobre os contos não consegui achar os curtas oficiais, digamos assim, mas sempre achava um ou outro interessante para matar um pouco da curiosidade. Achei dois curtas na internet, mas sinceramente nenhum deles vale o tempo de assistir.

Mas mesmo sem curta para assistir depois, a leitura desse conto vale muito a pena. Ler o Mestre nunca é demais!

Meu amor pelo King a parte, o conto é bem interessante e vale muito a pena ser lido.

💜💜
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     E mais um mês se foi, mais um ano se foi. E continuando o clichê, nem acredito que já acabou de novo. Como fiz mês passado e como pretendo fazer todos os meses, vim fazer mais um fechamento de mês, com tudo que li e descobri nesses últimos 31 dias. Então vamos começar?

     Livros e HQs
     E mais uma vez minhas leituras foram meio lentas, comecei vários livros, mas não terminei muita coisa nesse mês,
    A primeira coisa que eu li em Dezembro foi o primeiro volume do Mangá da Sakura Card Captors. Tenho um problema sério com esses mangás. Eu amo Sakura, e fico dividida entre devorar e ler aos pouquinhos para aproveitar. Acabei por decidir ler aos poucos para não começar a sentir saudade tão cedo.


     Ainda não tem post sobre o primeiro volume, e não vou fazer post volume por volume. Quando eu terminar de ler todos eu faço um post sobre tudo. Com Zatanna também será assim. Como os volumes são curtinhos acaba rolando um spoiler aqui e ali e isso não é legal,

     Depois eu terminei de ler Tudo É Eventual do Stephen King. Comecei a ler no mês passado e enrolei um pouco nele. Trata-se de um livro de contos, e eu estou fazendo aos poucos um post por vez de cada conto. Assim posso ficar revivendo a paixão por esse livro e por esse autor.



     Falando de Zatanna, eu li mais 3 volumes da HQ, Fiz post sobre os volumes 1 e 2 Mas os seguintes vou fazer todos juntos, porque quando fui fazer os posts dos volumes seguintes, vi que não tem como não soltar spoiler.





     Sem pensar muito peguei Sejamos Todos Feministas da Chimamanda Ngozi Aldichie. Eu já estava com o e-book no tablet há algum tempo e do nada resolvi ler. É uma leitura bem curtinha, que vale a pena ser lida. Infelizmente, para mim pelo menos, parece que o livro acaba do nada. Ainda não fiz post no blog, mas pode aguardar que logo logo ele estará aqui,



    Peguei um livro nacional para variar um pouco. Linha de Sombra da Lucia Bettencourt. Trata-se de um livro de contos, mas que infelizmente não caiu muito no meu gosto. Falo melhor dele no post.



        Filmes
      Inimigos Públicos trata-se de um filme baseado na gangue de John Dillinger, uma gangue que assaltava bancos nos anos 30. Assisti esse filme depois de ler um conto que o Stephen King criou baseado na história da gangue. Logo logo solto o post do filme.



        Festa da Salsicha tem um nome um pouco sugestivo não?! Enquanto isso o filme de sugestivo não tem nada, é bem explicito na verdade. O filme tem uma mensagem interessante, é divertido, mas ainda assim é bem sujo. então se você é menor de idade melhor procurar outras coisas para ver. Não falo dele no blog e não pretendo falar, mas não se engane, o filme é muito bom.



     O Número 23, não foi uma novidade, é um filme que já vi várias vezes, mas que não me canso, então resolvi assistir mais uma vez pra contar pra você. Tem post dele aqui no blog, e que filme maravilhoso. Maravilhoso! Se você é meio paranoico, cuidado!




     Séries
     Esse mês foi o mês de House. Sempre fico agoniada de pensar que vou ter que esperar episódios saírem para poder assistir. Então geralmente gosto de ver temporadas completas. Nesse caso, como a série já estava há algum tempo na lista esperando foi a série toda. Ainda não terminei de ver todas as temporadas, longe disso, estou terminando a terceira ainda, mas estou adorando. Sou apaixonada por essas séries com palavras difíceis e coisas novas para aprender. E House é exatamente isso.



       Música
     Esse mês eu descobri Raign, o Spotify me indicou baseado na descoberta do mês passado, o Michael Malarkey. Ela não tem muitas músicas, mas as músicas são deliciosas. Em geral, não são muito parecidas com as músicas do Michael, mas continuam sendo muito boas. As minhas favoritas são When It's All Over e Don't Let Me Go. 
     Raign apareceu no The X Factor, mas não foi lá muito bem aceita. Os links estão aí pra vocês conhecerem. Eu me Apaixonei.


    Esse foi o resumo do meu Dezembro. Logo posto o Fechamento no ano. Tenho tanta coisa pra postar que está me faltando dia.
      Nos vemos em breve! 💜
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      Inimigos Públicos é mais um filme baseado na gangue de John Dilliger. A gangue foi famosa por uma série de assaltos entre 1933 e 1934, além de vários encontros com a polícia.
      O filme conta principalmente a história de John Dillinger. Ele e sua gangue apesar de roubarem bancos tinham uma regra. Nunca pegar o dinheiro do bolso de ninguém. Não importa se era de um dos trabalhadores do banco ou clientes que estivessem lá na hora do assalto. Eles se escondiam no meio do povo, então eles precisavam da aceitação do povo.
       Em uma de suas saídas com seus companheiros de gangue, John conhece Billie Frechette, uma mulher simples, mas que conquista John rapidamente. Ele conta para ela quem ele realmente é, e apesar do constante medo de ele ser pego ou assassinado ela continua com ele por todo o tempo possível.
     John Dillinger era divertido e bem irreverente. Fazendo graça e piadas quando era preso. Claro, que a mídia o adorava.
      Inimigos Públicos é um filme incrivelmente bem feito e, pelo menos ao que eu conheço da gangue de Dillinger bem fiel a história. Os, atores fazem todos um trabalho maravilhoso. Alguns eu conhecia mais do que outros, mas não tenho reclamação de nenhum. Uma das coisas muito legais nesse filme é ver Christian Bale e Johnny Depp em um mesmo filme.
     Ainda vou procurar livros sobre a gangue para ler, porque de verdade a historias deles é muito interessante. Vale lembrar, que me animei pra ver esse filme por causa de um conto que li A Morte De Jack Hamilton do Stephen King, no livro Tudo É Eventual. O conto é longe do real mas o King usou a gangue como inspiração. Ele escreveu um conto passado em um dos momentos em que a gangue ficou escondida, depois de Jack Hamilton levar um tiro até sua morte.

     Não vou contar o final do filme, claro. Quem conhece a história já sabe o final, mas se alguém for assistir por pura curiosidade, sem saber nada da gangue, não vai pegar spoiler aqui.
      Esse filme conta com atores maravilhosos, com alguns bem famosos! São eles.

Johnny Depp – John Dillinger







Christian Bale – Melvin Purvis






Marion Cotillard – Billie Frechette


     





Channing Tatum – Pretty Boy Floyd







James Russo – Walter Dietrich







Bill Crudup – J. Edgar Hoover






Giovanni Ribisi – Alvin Karpis





Stephen Dorff – Homer Van Meter






Jason Clarke – John Red Hamilton








Stephen Graham – Baby Face Nelson


     





David Wenham – Pete Pierpont







Stephen Lang – Charles Winstead


      



Rory Cochrane – Carter Baum


     



Lili Taylor – Sheriff Lillian Holley


  

 


Shawn Hatosy – John Madala


    




Branka Katic – Anna Sage


      



     Adoro filmes baseados em histórias reais. E esse detalhe a parte, ainda assim o filme é muito bom. Filmes policiais não são os meus favoritos, mas fiquei presa na tela do começo ao final. Então se me pegou, pode ter certeza que é bom de verdade. E vocês? Já viram esse filme? O que acharam?

     Espero que tenham gostado. 
     Nos vemos em breve! 💜

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About me

Sou formada em Direito, concurseira e leitora.
Apaixonada por Star Wars e Stephen King por culpa da minha mãe. Apaixonada por leitura e livros antigos por causa do meu avô.
Resolvi compartilhar o que leio para eternizar os sentimentos que esses livros me trazem.

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